18 de jul. de 2007

Tamanho e documento

Lembro agora de um texto do Gabeira, colocado aqui domingo, para falar de algumas coisas. O recente escândalo com o presidente do senado traz a tona vários pontos, um deles é a participação de partidos nanicos numa democracia. Se por um lado esses tipos de agremiações servem, muitas vezes, como legendas de aluguel (vide o antigo PRONA) hoje nota-se o quanto elas podem ser úteis quando se mantêm independentes, descoladas do poder (digo aqui ministérios, agências, estatais, etc). É de louvar sim o que PSOL, com uma bancada do tamanho que tem, fez. Não fossem eles não haveria representação contra Renan, nada, continuaríamos na mesmice. Vale lembrar do tempo que PSDB (oposição) levou para tomar uma posição minimamente coerente nesse caso.
E ai chegamos no ponto. Partidos do porte de PSOL, PV, etc. se tornam então fundamentais para o bom funcionamento do poder legislativo, ainda mais num tempo de oposição ridícula. Apresentam uma autonomia para fiscalizar o poder justamente por não fazerem parte do jogo dos grandes, por não estarem nas estranhas do Estado.
Seguindo esse pensamento ficamos numa situação curiosa com a recente legislação eleitoral. Ela beneficia os partidos mastodontes e leva os nanicos ao limbo. Obviamente não é o tamanho de um partido que demonstra suas qualidades, claro que não, mas não dá pra negar a importância do papel que alguns partidos nanicos e minorias têm desempenhado. Rumino.
Abraços, Caetano

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