há um tempo atrás colocamos uma entrevista do cineasta Beto Brant comentandoa s leis de incentivo fiscal, está aqui.
hoje o historiador da arte Jorge Coli tece alguns comentários sobre o mesmo tema em um blog mantido pela Bravo. Como o assunto interessa segue:
Tenho simpatia por toda pirataria cultural. Se o Estado não é capaz de prover cultura para todos (é verdade que ele não consegue prover escola, saúde, justiça também, mas isto é uma outra história), a pirataria permite esse acesso.
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O estado brasileiro abdicou de suas responsabilidades culturais. Essas leis de estímulo à cultura pelas empresas privadas foram talvez concebidas com boas intenções. Mas viraram mamatas. Repassam dinheiro público para tubarões. Em alguns casos, há bons resultados; na maioria é uma pinóia. Todos os descalabros ocorrem. A figura do promotor cultural, o “promoter”, salvo algum caso particular, é assustadora. Não se interessam por cultura. São vampiros da cultura.
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Seja como for, com essas leis, uma ação cultural pensada para o país, estados, municípios, deixa de existir. As instituições públicas se vêem obrigadas a mendigar fundos privados, as infames “parcerias”. Infames porque tornaram-se a regra, não a exceção.
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