Os que apóiam Dom Cappio não podem ser de esquerda. Tornaram-se cúmplices e motores de um dos mais profundos conservadorismos brasileiros. Um esquema que glorifica exatamente aquilo que precisa ser vencido: fome, sofrimento e morte. A fome de miséria do Bispo
por Rodrigo Guéron filósofo, editor da Global/Brasil e professor da UERJ.
um trecho do artigo: (...)O ato do bispo é, em primeiro lugar, um culto à fome, ao sofrimento e em última análise à própria morte. O bispo se auto-exalta, e é exaltado, como alguém que seria mais virtuoso que os outros porque sofre e passa fome. Isso o faria uma espécie de portador da verdade. Ou seja, fome e sofrimento seriam uma espécie de passaporte para a bem. Dessa maneira, no entanto, o bispo restaura o próprio circuito de miséria, violência endêmica e poder, que se fecha numa lógica, num sentido, que há mais de um século aprisiona a vida, e conseqüentemente a política, no Nordeste.(...)
e o artigo completo aqui.
cae...
21 de dez. de 2007
Transposição do São Francisco
Postado por Anônimo às 14:59 0 comentários
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Polegar Opositor
Bem, o negócio é que de hoje em diante eu vou começar a postar coisas mais "culturais" lá, seja lá o que isso quer dizer. Convido todos os nossos poucos leitores a frequenterem nosso blog primo também. O endereço é:
É isso. Boa leitura.
Postado por Douglas às 13:34 0 comentários
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Cinema Nacional II
Xuxa em Sonho de Criança
No filme, Maria da Graça Meneghel sonha em ser atriz. (Na vida real ela já desistiu?)
20/12/2007 Marcelo Forlani
Seguindo a tradicional penitência de fim de ano para garantir os presentes de Natal, fui à pré-estréia de Xuxa em Sonho de Criança (2007). Mas depois do que aconteceu ano passado, quando celulares tocaram sem parar, pessoas andaram pela sala e a conversa parecia estar liberada, decidi que ia agir como um súdito da Rainha dos Baixinhos. Sem me preocupar com o próximo, comi de boca aberta, liguei para uns amigos e pisei em alguns pés quando saí da sala no meio da sessão pra ver se a loira estava por perto. E sabe qual foi o resultado? Me mandaram parar quieto. Disseram que eu estava atrapalhando. E quando me sentei, percebi que o filme realmente era bom!
NOOOOOOOOOOOOOOOOTTTTTTTTTTT!
É claro que nada disso aconteceu. Eu não conseguiria criar tamanha algazarra em um cinema, e acho que aquelas pessoas não iam reclamar, afinal, é o hábito delas. E um filme da Xuxa jamais vai ser bom! Se nem agora, em parceria com a Conspiração Filmes (produtora de Eu Tu Eles, O Homem do Ano, Redentor, Casa de Areia, 2 Filhos de Francisco ), o projeto trilhou o bom caminho, é porque assim será até o fim dos tempos. E mais uma vez, para poupar você, assíduo leitor, do sofrimento e deste desnecessário gasto, aqui está o resumo do que o projeto tem de melhor e pior.
Melhor: hmmmm... pois é...
Pior: O filme não tem cores. E não estou sendo poético. A cópia que foi exibida não tinha vermelhos vivos, no máximo tons avermelhados, e em muitas cenas o fundo estava "estourado", todo branco, sabe, como se não houvesse cenário? A trilha sonora está alta, atravessa as falas dos atores e muda o tom do filme do dramático para o pastelão em questão de microssegundos. Convenhamos, é complicado dar a lição de moral, e em seguida jogar uma torta na cara do personagem, né? As crianças não sabem atuar. Tudo bem, a Xuxa também não (ah vá!).
Sobre a história: Maria da Graça Meneghel interpreta Kika, uma professora de matemática que quer ser atriz. Depois de fracassar em mais um teste na sua cidade, ela decide que vai para o Rio de Janeiro tentar a sorte em uma novela. Ao chegar na rodoviária, percebe que perdeu a carteira e acaba brigando com sua melhor amiga, Lara (Alice Borges). Deprimida, conhece uma senhora (Dirce Migliaccio) que está levando sua netinha (Raquel Bonfante) para (adivinha!) o Rio de Janeiro, onde ela vai fazer uma prova para uma bolsa de estudos de informática. Bom, deixando de lado o detalhe de que a menina está indo viajar com uma cesta de piquenique (!?), Kika pega no sono e acorda sabendo que a polícia está atrás dela.
E a partir daí é ladeira abaixo. Para fugir dos problemas, ela aceita um doce da boa velhinha e, num passe de mágica, se transforma em uma menina novamente. Nesta altura, a vozinha já comprou uma passagem (mesmo sendo um ônibus fretado) para "Kikinha" (Letícia Botelho) e elas seguem em direção à capital. A viagem, que deveria ser curta, é interrompida quando o ônibus pifa. Problemas à vista? Que nada, apesar de ninguém mais usar aquela estrada, tem ali um hotel que está sempre vazio e com espaço pra todo mundo. E o melhor, com uma passagem secreta para a cidade ecologicamente ideal, onde mora o interesse romântico de Kika, Ricardo (Carlos Casagrande). E tome discurso pronto de que temos de criar um mundo sustentável e que pequenos atos fazem grandes diferenças!
Pra acabar, depois de explicar que tudo aquilo não passava de um sonho (pros outros, porque pra mim foi mais um pesadelo) vem mais uma lição de moral. Usando o bordão "querer-poder-e-consequir", Kika fala que o sonho de ser atriz talvez não fosse para ela. Que a vida estava dando sinais de que ela tinha mesmo é que trabalhar com as crianças. Opa, calma lá! Pára e rebobina! Se o sonho dela era ser atriz e ela não consegue, então o lance do "querer-poder-e-conseguir" não funciona! Onde está a mensagem do filme, então? Será que é ensinar a aceitar docinhos que velhinhas dão em banheiros de rodoviária?
Postado por Douglas às 13:22 0 comentários
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Contando os corpos
Analisando as notícias do Estadão pode-se notar que só nesse mês incursões israelenses à faixa de gaza resultaram na morte de 25 palestinos. Bom, esses são os números noticiados no Brasil, é possível que na realidade eles sejam diferentes mas enfim dar visibilidade ao menos a esses que temos acesso é fundamental, principalmente porque normalmente eles passam como se fosse algo cotidiano, algo que já estamos acostumados.
Postado por Anônimo às 13:18 0 comentários
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20 de dez. de 2007
Cinema Nacional
Cinema reservado
O cinema não foi feito para humilhar ninguém, embora no Brasil às vezes tenha-se a impressão de que sim
OS CINEASTAS brasileiros querem aumentar a reserva de mercado para a produção nacional. É uma reivindicação legítima. Como seria legítimo eu, como espectador, reivindicar filmes melhores. Não apenas por gostar da cultura brasileira e querer vê-la florescer, mas também pelo fato de o cinema nacional ser amplamente financiado com dinheiro público.
Não é improvável que o espectador médio veja com antipatia a idéia da "cota de tela", que impõe ao mercado um critério baseado na nacionalidade. A turma da pipoca, em busca de entretenimento, muito possivelmente prefere maus filmes americanos a maus filmes brasileiros (talvez até a bons). A reserva de mercado vem com um certo ranço antiamericanista, e é bom lembrar que, queiramos ou não, o cinema americano faz parte da cultura brasileira, como faz parte da cultura global. Formou platéias, definiu um gosto, fixou-se na memória cultural e afetiva do país.
Já o cinema brasileiro tem vivido de surtos. É de Ferreira Gullar a célebre frase: "A crase não foi feita para humilhar ninguém". Eu diria que o cinema também não, embora no Brasil às vezes tenha-se a impressão de que sim.
É verdade que temos visto bons filmes, mas é verdade também que produzimos uma prodigiosa safra de abacaxis, que não atrai público nem eleva o padrão da cinematografia. Por que num ambiente de recursos tão escassos gasta-se com tanto lixo? Será que mais "cota de tela" vai se traduzir em mais qualidade? Ou apenas em mais salas vazias?
Sempre é possível fazer raciocínios não muito complicados que acenem com a probabilidade de que no futuro o arco de filmes de qualidade se amplie, caso defendamos hoje medidas que "fomentem o desenvolvimento" da nossa indústria. Mas será que as atuais regras são as mais adequadas?
Não se trata de enveredar pelo blablablá mercadista bravateiro, mas de discutir a qualidade das políticas públicas para o setor, se elas são uma plataforma de fomento ou uma distribuição ineficiente de recursos, sem risco e contrapartidas, que tende a se perpetuar em meio a pressões por mais proteção.
É claro que políticas de incentivo exigem medidas que possam conferir mais equilíbrio a uma concorrência assimétrica, mas filmes que saem do forno pagos, não geram público e são exibidos por força de cotas não parecem ser o melhor caminho. É preciso pensar aonde se quer chegar -e se é que se pode chegar com as regras atuais.
Estamos em plena temporada de peregrinação consumista. Massas dirigem-se em romaria aos shoppings e ruas de comércio popular. Em meio ao calor e à chuva gosmenta, a legião de papais noéis encasacados que invade a cidade, conduzindo renas entre flocos de algodão, acentua a atmosfera surrealista do frenesi de fim de ano. Nada traduz melhor meu estado de espírito nestes dias do que o cartum do genial Jaguar na capa da "Piauí": um Papai Noel patético, de braços abertos, dizendo: "Estou sem saco pro Natal!".
Postado por Douglas às 21:06 0 comentários
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leia hoje o que você vai ler amanhã
Postado por Anônimo às 15:29 0 comentários
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17 de dez. de 2007
Um fanfarrão....
Postado por Anônimo às 11:57 0 comentários
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16 de dez. de 2007
Cuba inaugura escultura anti-EUA de Oscar Niemeyer
A escultura em si são esses risquinhos vermelhos, feita em metal seguindo exatamente os traços de Niemeyer. Trata-se de um sujeitinho segurando uma bandeira cubana frente a um monstro, os EUA. Ao fundo, o auditório da Universidad de las Ciencias Informáticas de Cuba. A escutura já está pronta, o auditório em construção.
Postado por Douglas às 11:13 0 comentários
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homenagem III
"a mediocridade ativa é uma merda"
oscar niemeyer
Trailler o documentário A Vida É um Sopro... falam nesses trechos cihco buarqur, ferreira gullar e eduardo galeano, além, é claro, do próprio niemeyer.
cae
Postado por Anônimo às 03:41 0 comentários
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