Já que entremos no debate sobre esse recente documento do Vaticano trago um comentário escrito por Reinaldo Azevedo, em seu blog, ontem. É uma posição contrária a que emiti ontem e acho muito pertinente para enriquecer a discussão. Segue abaixo, e aqui o link do blog do Reinaldo.
Abraços, Caetano.
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Lógica elementar
Leiam:
Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão, filho de João: porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
E eu te darei as chaves do reino dos céus. E tudo o que ligares, pois, na terra será ligado também nos céus, e o que desatares sobre a terra será desatado nos céus.
(Mateus 16, 17-20)
*
E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.
Ide, pois, e ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e estais certos de que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
(Mateus 28, 18-20)
*
“Tenho também outras ovelhas que não deste aprisco, e importa que eu as traga, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um aprisco e um pastor”
(João 10, 16)
Não estou transcrevendo isso para convencer os não-católicos. Os próprios católicos, creio, devem se convencer disso a cada dia, enfrentando os múltiplos apelos da descrença sedutora. A questão é outra: ou a hierarquia católica, de que o papa é o líder máximo, acredita nisso — e, pois, suas cinco resposta disseram o óbvio — ou não acredita. A Igreja, deve crer um católico, é aquela fundada por Cristo e entregue a Pedro. A missa e os sacramentos foram instituídos por Ele como caminhos da santificação. Cristo estará com os membros de sua Igreja, seu corpo místico, até o fim dos tempos. Ela é:
- única e una (aquela de Pedro);
- santa (já que extensão do Cristo);
- católica (vale dizer: universal) porque feita para todos os homens;
- apostólica: fundada nas verdades reveladas aos apóstolos e seus sucessores.
Você é obrigado a acreditar nisso? Felizmente, não. Mas um católico é. A Igreja revelada pelo Cristo, para quem professa essa fé, é aquela que deriva de Pedro. Leonardo Boff, no livro Igreja, Carisma e Poder, sugere que outras denominações possam guardar essa verdade revelada. Tudo bem — desde que ele abra mão de ser um teólogo católico. Não me consta que se considere uma violência que o protestantismo rejeite o culto a Maria. Ninguém é forçado a pertencer ao corpo da Igreja Católica. Feita tal escolha, não pode ambicionar destruir os princípios que a organizam, incluindo a hierarquia, que, nessa perspectiva, não é uma imposição extemporânea, mas o desdobramento de uma revelação.
De novo, trata-se de uma questão de lógica. E daquele tipo escandalosamente elementar.
Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão, filho de João: porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
E eu te darei as chaves do reino dos céus. E tudo o que ligares, pois, na terra será ligado também nos céus, e o que desatares sobre a terra será desatado nos céus.
(Mateus 16, 17-20)
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E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.
Ide, pois, e ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e estais certos de que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
(Mateus 28, 18-20)
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“Tenho também outras ovelhas que não deste aprisco, e importa que eu as traga, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um aprisco e um pastor”
(João 10, 16)
Não estou transcrevendo isso para convencer os não-católicos. Os próprios católicos, creio, devem se convencer disso a cada dia, enfrentando os múltiplos apelos da descrença sedutora. A questão é outra: ou a hierarquia católica, de que o papa é o líder máximo, acredita nisso — e, pois, suas cinco resposta disseram o óbvio — ou não acredita. A Igreja, deve crer um católico, é aquela fundada por Cristo e entregue a Pedro. A missa e os sacramentos foram instituídos por Ele como caminhos da santificação. Cristo estará com os membros de sua Igreja, seu corpo místico, até o fim dos tempos. Ela é:
- única e una (aquela de Pedro);
- santa (já que extensão do Cristo);
- católica (vale dizer: universal) porque feita para todos os homens;
- apostólica: fundada nas verdades reveladas aos apóstolos e seus sucessores.
Você é obrigado a acreditar nisso? Felizmente, não. Mas um católico é. A Igreja revelada pelo Cristo, para quem professa essa fé, é aquela que deriva de Pedro. Leonardo Boff, no livro Igreja, Carisma e Poder, sugere que outras denominações possam guardar essa verdade revelada. Tudo bem — desde que ele abra mão de ser um teólogo católico. Não me consta que se considere uma violência que o protestantismo rejeite o culto a Maria. Ninguém é forçado a pertencer ao corpo da Igreja Católica. Feita tal escolha, não pode ambicionar destruir os princípios que a organizam, incluindo a hierarquia, que, nessa perspectiva, não é uma imposição extemporânea, mas o desdobramento de uma revelação.
De novo, trata-se de uma questão de lógica. E daquele tipo escandalosamente elementar.
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