20 de jun. de 2007

da violência

robert mapplethorpe: the perfect moment

toda forma de agir carrega em si uma violência: afeta, inadvertidamente, o universo sobre o qual age. não é possível falar em sensibilização sem violência: não é possível falar sem violência.
sempre, e hoje de forma mais evidente, repousa cada espírito em sua própria inércia. segue seu rumo sempre igual, se nada o afeta. mas sempre afeta: um discurso aqui, um obstáculo ali. poesias que em sua violenta (des)(res)significação nos fazem estranhar o mundo. imagens e músicas que com seu seduzir violento nos fazem (des)(res)significar nossas próprias experiências. e principalmente, os diálogos que compartilham experiências e, talvez sem um convite prévio, nos faz viver o que não vivemos.
não é preciso ter medo desta violência. é natural, e pode ser saudável: compreendida.
exige, para funcionar harmonicamente, comunicação. comunicação que não é informação: não é uma advertência, um aviso. comunicação é o entendimento harmonioso entre espíritos distintos. os meios, os à disposição. fotografia, vestidos, flores de papel. a escolha deve ser suficiente - e a meta, possível.
pode uma alma harmonizar diversas via radiofrequencia? duvido.
posso dialogar, ao pé do ouvido, com um amigo e cúmplice? desejo.
acusam: o problema de nossa greve é não ser massiva.
acuso: o problema de nossa greve é ser massiva. massificada.

15 comentários:

Anônimo disse...

não entendi o porquê da foto

Zé Luis disse...

Sobre a foto que foi postada mando o seguinte trecho do filósofo Olavo de Carvalho:
(...) "O belo já não é apenas alheio ao bem: é decididamente mau; o bem é hipócrita, pseudo-sentimental e tolo; a verdade, feia, estúpida e deprimente. A estética celebra os vampiros, a morte da alma, a crueldade, o macho que mete o braço até o cotovelo no ânus de outro macho. A ética reduz-se a um discurso acusatório de cada um contra seus desafetos, aliado à mais cínica auto-indulgência. A verdade nada mais é o consenso estatístico de uma comunidade acadêmica corrompida até à medula.
Nessas condições, é um verdadeiro milagre que um indivíduo possa escapar por instantes da redoma de chumbo da apeirokalia, e outro milagre que, ao retornar ao pesadelo que ele denomina "vida real", esses instantes não lhe pareçam apenas um sonho, que não se deve mencionar em público."
completo em http://www.olavodecarvalho.org/livros/apeirokalia.htm
Manifesto também meu profundo repúdio: tirem por favor esta foto horrível daí!

Unknown disse...

acho a foto válida, só não acho que o agir em um universo seja necessariamente violento.

Capi, quando postar textos identifique que eles são de sua autoria....

Zé Luis disse...

A foto é acima de tudo indecorosa.

Como o texto não estava assinado considerei sua autoria e a veiculação desta foto deprimente como de todos aqueles que contribuem para o blog, e mesmo depois da autoria reconhecida, vejo que aqui não é lugar para mim.

Logo, me despeço deste blog, vou tarde. Só tenho a lamentar. Saudações, José Luis.

c. etheriel disse...

imaginei que colocar meu nome nos tags (marcadores) fosse assinar. não vou logar agora mas depois eu edito.
quanto à foto, eu acreditei ela como necessária. acredito que a despedida do zé luís tem pouco a ver com ela. acredito também que não sou lido, nem desejo ser lido, por quem lê olavo de carvalho ou midia sem mascara. o zé sabe que eu dialogo e respeito-o no lidar, mas não espero ser lido por ele. é outra esfera.
e se este blog precisa decidir entre ele poder ler, e eu (ou outro) poder escrever, espero que a decisão seja a que eu espero.

Anônimo disse...

tá.
necessária porquê? -

eu não to sendo irônica. eu não entendi mesmo...

é alguma coisa a la Godard? 'Não tente entender. Apenas sinta'?

isso ou só dei uma boa saída pra imagem aí?

Unknown disse...

acho q a descisão do blog já foi tomado quando da sua criação, e fica a sua liberdade de postagem capis, inclusive pois o texto é extremamente pertinente ao conteúdo do blog.

Unknown disse...

seria bom também, inclusive pela polêmica, creditar a foto.

Enric Llagostera disse...

Eu não concordo com essa definição tão ampla e genérica de volência... Penso que, talvez, fosse mais coerente usar a palavra impacto, pois, ao meu ver, toda ação, toda fala, causa, sim, um impacto no outro. A violência não é só impacto, a violência é o causar dor no outro, ferí-lo física ou psicologicamente. Concordo que às vezes essa violencia está presente e é necessária à mudança e até ao diálogo, mas dizer que isso é uma norma geral é exagero.

A foto é válida, só gostaria de poder ver seus créditos e ter mais clara a assinatura do post. Penso que a idéia da foto é justamente provocar alguma polêmica e, assim, na visão do autor, servir de prova aos seus argumentos.

Anônimo disse...

a foto é de uma violência absolutamente gratuíta

Gabriella disse...

This is so Robert Mapplethorpe .... I can't imagine why anyone would get so uptight about it .... it's only ART!

Anônimo disse...

A foto é real?
A pessoa que sofreu essa violência consegue andar? Está viva?

Desculpa, mas não dá para acreditar que alguém consiga alguentar um braço no ânus!

Acho que é montagem.

De qualquer forma, montagem ou não, a foto representa mais submissão do que violência propriamente dita.

Anônimo disse...

A foto é real?
A pessoa que sofreu essa violência consegue andar? Está viva?

Desculpa, mas não dá para acreditar que alguém consiga alguentar um braço no ânus!

Acho que é montagem.

De qualquer forma, montagem ou não, a foto representa mais submissão do que violência propriamente dita.

Guilherme disse...

Sobre a foto, acho que não convinha uma imagem tão violenta.
Acho que violência quer dizer reação no texto. A palavra REAÇÂO é muito mais cabível, visto que violência pode ser inclusive uma qualificação da reação, assim como tênue, simpática, furiosa.
A palavra Reação, diferente da palavra violência, já pressupõem a receptividade do interlocutor, ou seja, como seu sistema cognitiva irá interpretar uma ação qualquer feita anteriormente. Como violência tem sentido destrutivo, isto limita a condição da palavra para que seja empregada do modo como foi no texto.
Qualquer ação implica uma reação, uma mudança que pode ou não ser aquela que motivou a ação, depende também de quem a recebe, por isto é necessário conhecê-lo, e se comunicar.

Anônimo disse...

que foto secsee ninguem consegue enfiar a mão no cú de ninguem não porra !!
é montagem . . . sobre violencia, eu achei o texto maravilhoso, mais a imagem lastimável
maias a mulher quis aquilo ela tem um bundão do caraii
xau