São Paulo, sexta-feira, 01 de junho de 2007
PM impede protesto na frente do palácio
Manifestação de estudantes, professores e servidores de universidades públicas foi impedida de se aproximar da sede do governo
Manifestantes partiram da USP e seguiram em direção ao Morumbi para tentar se reunir com representantes do governo estadual
ROGERIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Um quilômetro. Isso foi o mais perto que professores, estudantes e servidores de universidades públicas estaduais conseguiram se aproximar ontem do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para protestar contra a política de educação superior estadual.
Os mais de 2.000 manifestantes foram barrados por cerca de 500 policiais militares armados com cassetetes, escudos, bombas de gás lacrimogêneo e spray de gás pimenta. A tensão entre os manifestantes e os PMs durou aproximadamente cinco horas.
As pelo menos cinco investidas dos manifestantes para romper os cordões de isolamento foram repelidas pelos PMs com jatos de gás pimenta.
Um estudante chegou a receber uma joelhada na barriga e outro foi detido por cerca de uma hora após furar o primeiro cordão e se jogar nos escudos dos policiais que formavam o segundo, dos quatro existentes. Não houve feridos graves.
O comandante do policiamento, coronel Alaor José Gasparato, disse que o entorno do Palácio dos Bandeirantes é considerado uma área de segurança e, por isso, não são permitidas manifestações na região. "Eu sou um servidor militar e cumpro determinações."
A passeata partiu por volta das 13h do campus da USP na zona oeste da capital, onde um grupo ocupa a reitoria há 29 dias. Os manifestantes seguiram em direção ao palácio, onde líderes do movimento pretendiam se reunir com representantes do governo.
Às 14h37 e a um quilômetro antes do destino, porém, o protesto parou porque policiais militares já esperavam o grupo com os cordões de isolamento no cruzamento das avenidas Francisco Morato e Morumbi.
Com isso, o trânsito foi interrompido e teve início uma série de engarrafamentos pela cidade. Às 19h, segundo dados do CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão na cidade chegou a 162 km, ou 43 km acima da média das quintas-feiras em 2007 (119 km).
Um grupo com 13 representantes dos movimentos integrantes do protesto foi ao palácio tentar convencer o governo a liberar a passagem dos manifestantes, mas não conseguiu.
A comissão foi recebida pelo número dois da Casa Civil, o secretário-adjunto Humberto Rodrigues da Silva. O governador José Serra, o secretário de Justiça, Luiz Antonio Marrey, e o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, estavam no palácio, mas nenhum deles falou com o grupo. "Mais uma vez, o governo foi intransigente. Não houve nenhum acordo", afirmou Beth Lima, uma das participantes da comissão.
Marrey disse a jornalistas que o governo não dialogará com os manifestantes enquanto a reitoria estiver ocupada.
Mesmo sem chegar ao palácio nem ter os pedidos discutidos, os manifestantes consideram positivo o resultado. Para eles, o fato de a cidade ter "parado" por conta dos engarrafamentos gerou repercussão maior que a ida ao palácio.
O bloqueio foi encerrado às 19h27 e os manifestantes voltaram para o prédio da reitoria.
PM impede protesto na frente do palácio
Manifestação de estudantes, professores e servidores de universidades públicas foi impedida de se aproximar da sede do governo
Manifestantes partiram da USP e seguiram em direção ao Morumbi para tentar se reunir com representantes do governo estadual
ROGERIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Um quilômetro. Isso foi o mais perto que professores, estudantes e servidores de universidades públicas estaduais conseguiram se aproximar ontem do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, para protestar contra a política de educação superior estadual.
Os mais de 2.000 manifestantes foram barrados por cerca de 500 policiais militares armados com cassetetes, escudos, bombas de gás lacrimogêneo e spray de gás pimenta. A tensão entre os manifestantes e os PMs durou aproximadamente cinco horas.
As pelo menos cinco investidas dos manifestantes para romper os cordões de isolamento foram repelidas pelos PMs com jatos de gás pimenta.
Um estudante chegou a receber uma joelhada na barriga e outro foi detido por cerca de uma hora após furar o primeiro cordão e se jogar nos escudos dos policiais que formavam o segundo, dos quatro existentes. Não houve feridos graves.
O comandante do policiamento, coronel Alaor José Gasparato, disse que o entorno do Palácio dos Bandeirantes é considerado uma área de segurança e, por isso, não são permitidas manifestações na região. "Eu sou um servidor militar e cumpro determinações."
A passeata partiu por volta das 13h do campus da USP na zona oeste da capital, onde um grupo ocupa a reitoria há 29 dias. Os manifestantes seguiram em direção ao palácio, onde líderes do movimento pretendiam se reunir com representantes do governo.
Às 14h37 e a um quilômetro antes do destino, porém, o protesto parou porque policiais militares já esperavam o grupo com os cordões de isolamento no cruzamento das avenidas Francisco Morato e Morumbi.
Com isso, o trânsito foi interrompido e teve início uma série de engarrafamentos pela cidade. Às 19h, segundo dados do CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a lentidão na cidade chegou a 162 km, ou 43 km acima da média das quintas-feiras em 2007 (119 km).
Um grupo com 13 representantes dos movimentos integrantes do protesto foi ao palácio tentar convencer o governo a liberar a passagem dos manifestantes, mas não conseguiu.
A comissão foi recebida pelo número dois da Casa Civil, o secretário-adjunto Humberto Rodrigues da Silva. O governador José Serra, o secretário de Justiça, Luiz Antonio Marrey, e o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, estavam no palácio, mas nenhum deles falou com o grupo. "Mais uma vez, o governo foi intransigente. Não houve nenhum acordo", afirmou Beth Lima, uma das participantes da comissão.
Marrey disse a jornalistas que o governo não dialogará com os manifestantes enquanto a reitoria estiver ocupada.
Mesmo sem chegar ao palácio nem ter os pedidos discutidos, os manifestantes consideram positivo o resultado. Para eles, o fato de a cidade ter "parado" por conta dos engarrafamentos gerou repercussão maior que a ida ao palácio.
O bloqueio foi encerrado às 19h27 e os manifestantes voltaram para o prédio da reitoria.
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