Escola de Atenas - Rafael Sanzio
Irresponsabilidade e a coisa pública
escrito por Caetano Tola Biasi, aluno de Midialogia - IA/UNICAMP
Lendo as notícias de ontem e hoje logo cedo parece que há um consenso quanto à inabilidade política do governo Serra ao tratar das universidades públicas paulistas. A briga agora é se o "novo decreto" realmente muda algo, ou só reitera o que os anteriores diziam, como sugerem alguns. Independente do que for um governador não pode ficar tanto tempo sem se pronunciar frente a uma crise deste porte; é uma irresponsabilidade que abre brechas, mas obviamente não justifica, para atos autoritários por parte do movimento estudantil, como barricadas e agressões a professores.
Serra "jogou verde pra colher maduro", como diz a gíria, subestimando a capacidade intelectual da comunidade acadêmica. Ele "conseguiu" que diretores de todas as unidades de uma universidade como a UNICAMP se pronunciassem contrários à criação da Secretaria do Ensino Superior (criada a partir de um dos decretos). Tais diretores não são arruaceiros e baderneiros como parte de mídia (em especial a revista Veja) quis tratar os integrantes do movimento nas públicas paulistas; são sim a elite intelectual do país, realizam pesquisa de ponta, vivem o dia a dia administrativo de uma universidade gigantesca e viram a autonomia dessa ameaçada.
O que acontecerá agora eu não sei. Essa frase traz em si um comodismo talvez inaceitável, principalmente dentro de um movimento que lida com decisões diárias, mas é sincera. O "novo" decreto é demasiado recente para eu achar que é hora de sair da greve ou coisa do gênero, é necessário estudo sobre ele e ouvir opiniões mais bem fundamentadas do que a minha. Mas também não temo em dizer que foi uma conquista desse movimento fazer Serra, que habitualmente só ouve a si mesmo, se pronunciar. Porque o que realmente não sai da minha cabeça é que Serra é um centralizador, se acha o dono do mundo, quer controlar toda e qualquer verba que passe pelo cofre que ele comanda – Mas, caro governador, não! Esse cofre ai no Palácio dos Bandeirantes não é seu , é público; como UNICAMP, USP e UNESP não são Suas, nem do Estado, nem da Igreja, nem do Mercado: elas são Públicas.
Serra "jogou verde pra colher maduro", como diz a gíria, subestimando a capacidade intelectual da comunidade acadêmica. Ele "conseguiu" que diretores de todas as unidades de uma universidade como a UNICAMP se pronunciassem contrários à criação da Secretaria do Ensino Superior (criada a partir de um dos decretos). Tais diretores não são arruaceiros e baderneiros como parte de mídia (em especial a revista Veja) quis tratar os integrantes do movimento nas públicas paulistas; são sim a elite intelectual do país, realizam pesquisa de ponta, vivem o dia a dia administrativo de uma universidade gigantesca e viram a autonomia dessa ameaçada.
O que acontecerá agora eu não sei. Essa frase traz em si um comodismo talvez inaceitável, principalmente dentro de um movimento que lida com decisões diárias, mas é sincera. O "novo" decreto é demasiado recente para eu achar que é hora de sair da greve ou coisa do gênero, é necessário estudo sobre ele e ouvir opiniões mais bem fundamentadas do que a minha. Mas também não temo em dizer que foi uma conquista desse movimento fazer Serra, que habitualmente só ouve a si mesmo, se pronunciar. Porque o que realmente não sai da minha cabeça é que Serra é um centralizador, se acha o dono do mundo, quer controlar toda e qualquer verba que passe pelo cofre que ele comanda – Mas, caro governador, não! Esse cofre ai no Palácio dos Bandeirantes não é seu , é público; como UNICAMP, USP e UNESP não são Suas, nem do Estado, nem da Igreja, nem do Mercado: elas são Públicas.
Um comentário:
Que bela imagem ilustrativa, heim?!
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